29 março 2015

Par perfeito: Pessoas que se parecem mais tem mais chances de dar certo

Imagine o seu próprio rosto transformado em um do sexo oposto. É possível que você considere essa pessoa virtual como o melhor par romântico possível. É o que concluiu o psicólogo David Perret, da Universidade Saint Andrews, na Escócia, depois de pesquisar as reações de seus estudantes aos próprios rostos metamorfoseados. A maioria escolheu a si mesmo, sem saber, como o parceiro ideal.


Isso parece contradizer a história dos sistemas imunológicos diferentes. Mas, na verdade, uma coisa não invalida a outra: realmente existem casais que se parecem com irmãos, mas isso não significa que essas mesmas pessoas se sintam atraídas por seus irmãos do sexo oposto - cujas defesas do organismo são quase idênticas.

Mas é fato que as pessoas parecidas com você inspiram mais confiança, dizem os pesquisadores. Por quê? Segundo Perret, talvez porque elas lembrem o rosto dos seus pais, as primeiras pessoas em quem você confiou na vida.

Quando o assunto é atração sexual pura e simples, a vantagem é do tipos mais diferentes: Para relacionamentos passageiros, as pessoas preferem pessoas que sejam diferentes, ou seja, uma paixão, não amor.Mas, na hora de escolher para o longo prazo, é básico que haja identificação, seja na aparência, seja na mente.

"Todos nós carregamos uma marca psicológica que leva minúcias sobre experiências da nossa vida e as cicatrizes que essas experiências deixam em nós. Ao conhecer alguém que fisicamente possa nos interessar, procuramos escanear essas marcas nela", diz o psicólogo Arthur Aron, da Universidade Stony Brook, nos EUA.

A idéia aqui é a seguinte: as pessoas que mais atraem você são aquelas que têm "cicatrizes" parecidas com as suas. Mas com algo a ensinar. "O parceiro ideal, nesse caso, é aquele que sofreu com problemas parecidos com os seus, mas encontrou maneiras diferentes de resolvê-los", Aron afirma. Por esse ponto de vista, um homem que teve uma infância problemática vai preferir uma moça sensacional que passou pela mesma experiência do que outra tão interessante quanto, mas que não viveu nada disso.

Mas você sabe que não precisa saber a biografia toda de alguém para se apaixonar. Segundo pesquisas que Aron fez com pessoas que não se conheciam, meia hora de conversa é o suficiente para saber se existe alguma conexão. Se houver mesmo, algum tempo depois uma avalanche química vai invadir o cérebro. E você vai saber que se apaixonou.

O processo, lá dentro, começa com descargas de dopamina - a mesma substância que a cocaína e a heroína ativam no cérebro. É ela que faz você se sentir violentamente feliz quando o ser amado está por perto. É ela que dá a sensação de que o mundo todo está soltando fogos enquanto vocês se beijam. Por outro lado, os efeitos colaterais são insônia, taquicardia e falta de apetite. 

Um comentário:

  1. Nossa, realmente interessante, mas não tenho autoestima tão alta pra considerar que me apaixonaria por um "eu masculino". Haha! Bom, eu meio que acabei por gostar de uma pessoa parecida comigo em um aspecto negativo: ambos somos tímidos. Eu sei que ele gosta de mim e ele sabe que eu gosto dele, mas ninguém tem coragem pra se declarar e ficamos assim... É a vida, fazer o quê? >.< Ótimo post.

    Beijos, Empire Kawaii & Quinze Outonos.

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